15/01/2010

Haiti

"Há cinco anos e meio, o Brasil lidera a força militar da ONU, no Haiti, país devastado pelo terremoto da última terça-feira. A história dos haitianos é repleta de guerras, miséria e de desastres naturais.



É inacreditável que um novo desastre tenha atingido o país mais pobre das Américas. A república, criada por escravos negros vindos da África, nunca teve sossego desde que foi criada há mais de 200 anos, antes mesmo da independência do Brasil.


Ao longo da história, os haitianos sofreram com a violência da natureza e com os desmandos de políticos autocratas. Viveram sob uma ditadura feroz nos anos 60, 70 e 80, comandada por François Duvalier, o Papa Doc e, depois, pelo filho dele, o Baby Doc.


O Haiti é um país pequeno, ex-colônia francesa, que divide a Ilha Hispaniola com a República Dominicana, no Mar do Caribe.


São 9 milhões de pessoas e, segundo as Nações Unidas, 80% vivem abaixo da linha de pobreza. Metade da população sobrevive com menos de R$ 2 por dia.


Em 1991, com o presidente Jean-Bertrand Aristide, criou-se a expectativa de que o país encontraria o caminho da democracia e do desenvolvimento. Mas, em 2004, sob acusações de corrupção, Aristide foi derrubado e saiu do país.


Para tentar estabilizar o Haiti, a ONU criou uma força de paz que desde junho de 2004 é comandada pelo Brasil.


À época, a seleção brasileira entrou em campo contra a seleção local no chamado jogo da paz, uma forma de chamar a atenção do mundo para os problemas econômicos e sociais do país. Hoje há 1.266 militares brasileiros no Haiti. A missão deles é garantir a ordem no país.


Em 2004, a violência armada estava nas ruas. O país tinha acabado de ser atingido por uma tempestade tropical, que deixou 6 mil mortos. A cidade de Gonaives estava coberta por lama. Os morros desabaram porque as florestas haviam sido derrubadas. Os haitianos usam carvão mineral como seu principal combustível.


Nos últimos anos, três furacões e outra tempestade mataram 330 haitianos, e deixaram 800 mil desabrigados.


Neste último terremoto, o centro da capital do país, Porto Príncipe, foi duramente atingido. É uma cidade de dois milhões de habitantes e muitos prédios importantes desabaram. O palácio do governo não resistiu e veio abaixo, assim como os cinco andares da sede das Nações Unidas. Os abalos também fizeram desmoronar a universidade de Porto Príncipe e a catedral. A embaixada do Brasil sofreu sérios danos.


Os haitianos, um povo pobre, mas alegre e musical, que adora os brasileiros, vão precisar da ajuda do mundo todo para enfrentar esse novo desastre."

fonte: globo.com/notícia

Este poste dedico a todas as mulhres que tem seus esposos militares enviados ao Haiti!